A indústria relojoeira dos séculos XIX e início do século XX era praticamente artesanal por duas razões: os relógios eram mecânicos, ou seja, possuíam um conjunto de engrenagens e peças mecânicas impulsionadas por uma mola, tudo em tamanho diminuto. Mesmo que uma engrenagem fosse estampada (batida por um molde de uma pequena máquina), ela receberia um eixo artesanalmente, alinhado perpendicularmente, no centro da engrenagem. O eixo era furado e nele era encaixado um pivô, portanto mais fino. Este era encaixado entre duas placas furadas, muitas vezes em cada um deles contendo um pequeno rubi para evitar o desgaste do pivô (imagine um rubi de 1 mm de diâmetro com um pequeno furo no meio).
Este conjunto de peças tinha por finalidade alinhar o eixo da engrenagem e seu pivô, bem como propiciar que o mesmo fosse limado para ter o diâmetro exigido. Usado para ajustar o diâmetro do pivô ao cone. Trata-se de um torno de ponto morto de propósito específico.
Este torno servia para fixar a engrenagem para que lhe fosse furado o centro para introduzir o pivô. No cilindro de aço há orifícios de diferentes diâmetros para introdução da broca correspondente. Estes orifícios serviam como suporte e alinhamento da broca para fazer um furo perfeito no eixo onde era introduzido o pivô. O torno também era utilizado para polir o pivô para que o mesmo fosse completamente cilíndrico e sem arestas.
Data: Século XIX
Origem: Europa
Modelo: Similar ou criação de Rudolf Karl Wilhelm Flume, Berlim – Alemanha.
Estado atual: Não testados. Faltam acessórios
Curiosidade: Estes vídeos do Youtube ilustram bem a funcionalidade das peças. https://www.youtube.com/watch?v=qdisUObDbg0; https://www.youtube.com/watch?v=FBZWZfbxeJw
Ref. 176-20